Empresas estão focadas na inteligência das contratações

Novo relatório indica que os recrutadores estão a abordar o recrutamento em função da contínua escassez de talento tecnológico

Empresas estão focadas na inteligência das contratações

Os recrutadores estão a mudar os esforços de recrutamento em resposta à contínua escassez de talento tecnológico e o setor de IT e Computação lidera o crescimento das vagas de emprego permanentes em dezembro de 2021. Os dados são do Report on Jobs, publicado pela KPMG e pela britânica Recruitment and Employment Confederation (REC) e compilado pela IHS Markit. 

Contudo, apesar de existirem mais funções a tempo inteiro em tecnologia do que nos outros nove sectores monitorizados pelo relatório, o crescimento das vagas começa a abrandar. O relatório conclui que o abrandamento pode sugerir que o crescimento da procura de talento tecnológico provocado pela pandemia está a começar a diminuir, pelo que as empresas estão a concentrar os seus esforços na "contratação mais inteligente, não mais rápida". 

Sobre os resultados, Lisa Heneghan, diretora digital da KPMG, disse que os empregadores estão decididos a dizer que a contratação por si só não é o antídoto. Mais, as empresas começaram a procurar resolver o seu défice de talento tecnológico internamente, afirma Lisa Heneghan – “veremos mais organizações a recorrerem a upskilling dos seus colaboradores existentes para cumprirem os seus requisitos digitais”.

"As empresas têm de se certificar de que estão a reagir aos desafios a longo prazo deste mercado, pensando mais na sua oferta ao pessoal e na forma de moldar a sua futura força de trabalho”, nota Neil Carberry, presidente executivo da REC. Se as vagas de emprego continuarem a diminuir, os trabalhadores poderão ter mais incentivos para ficarem colocados, explica o relatório. No entanto, a KPMG notou que, embora o crescimento dos postos de trabalho tecnológicos permanentes e temporários tenha diminuído, os dados "ainda apontavam para um aumento acentuado das vagas, à medida que as empresas continuavam a tentar expandir os seus trabalhadores".

Dois anos depois do início da pandemia, “as empresas têm espaço para planear as suas futuras estratégias tecnológicas, os dados sugerem que estão a contratar mais inteligente, não mais rapidamente – refletida na desaceleração da taxa de crescimento da procura permanente de pessoal”, reflete Lisa Heneghan.

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