Digitalização em Portugal é das mais rápidas na UE

Portugal é dos países da União Europeia que apresenta maior evolução na Digitalização dos cidadãos, empresas e Estado, mas ainda está no meio da tabela.

Digitalização em Portugal é das mais rápidas na UE

A Comissão Europeia divulgou quinta-feira, dia 26 de Fevereiro, o Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade, onde Portugal surge como o 16.º país entre os 28 Estados-membros.

A boa notícia, e de acordo com o mesmo relatório, é que Portugal está a digitalizar-se a um ritmo superior à media (juntamente com a Áustria, Alemanha, Estónia, Malta e Holanda), embora tenha dos cidadãos com menos competências digitais da UE, o que representa um handicap.

 

Os pontos positivos:

Serviços públicos avançados

É na vertente “serviços públicos digitais” do IDES 2015 que Portugal obtém a classificação mais elevada. Ocupa o 7º lugar entre os países da UE. Os serviços públicos portugueses estão bem desenvolvidos e são utilizados com uma frequência razoável pelos cidadãos. No domínio da saúde, Portugal pode realizar grandes progressos mediante a implementação das receitas médicas eletrónicas, segundo o que a análise da Comissão adianta: “Do lado da procura, 43  por cento dos portugueses utilizadores da Internet ligaram-se por esta via às autoridades públicas, formulários preenchidos (10 pontos percentuais acima da média da UE). Do lado da oferta, as pontuações dos indicadores colocam Portugal entre os países mais avançados da UE na sofisticação dos serviços online".

 

Cobertura da banda larga

Portugal ocupa a 13ª posição em conectividade. As nossas redes de banda larga asseguram uma boa cobertura, estando disponível para todas as residências. A Internet rápida ( > 30 Mb/s ) está disponível para 84  por cento das residências e os contratos de ligações rápidas são já perto de metade dos contratos de ligações de banda larga.

 

Empresas acima da média

Também as empresas portuguesas estão acima da média na digitalização, ocupando o 2º lugar na utilização do RFID, o 6º na partilha de informações eletrónicas entre empresas e o 7º na utilização de faturas eletrónicas.

No volume de negócios do comércio eletrónico, Portugal ocupa o 9º lugar com 11 por cento das empresas portuguesas com mais de 10 empregados a venderem através deste canal.

Contudo, existem dois parâmetros que as empresas portuguesas necessitam de melhorar: a utilização de redes sociais, onde ocupamos o 20º lugar, e a utilização da cloud por empresas com mais de 10 empregados, onde ocupamos o 17º lugar.

De forma global o IDES 2015 coloca Portugal em 12º lugar, uma subida de dois lugares face a 2014.

 

O ponto negativo

O maior desafio para o país é melhorar as competências digitais dos seus cidadãos, afirma a Comissão Europeia, que avança que quase metade da população não tem competências digitais básicas e que 30 por cento nunca utilizaram a Internet. Apenas 61 por cento dos cidadãos portugueses utilizam a Internet mais que uma vez por semana, pelo que o desempenho do país é o quinto pior na UE.

Todos conhecemos as assimetrias sociais e geracionais que fazem de Portugal um país dividido entre um grupo crescente e mais jovem de cidadãos com boa literacia e outro totalmente infoexcluído.

Prova de que as gerações mais jovens vão alterar o paradigma é o dos jovens diplomados em CTEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), uma vez que 1,9 por cento dos portugueses com idade entre os 20 e os 29 anos são diplomados em CTEM, uma média superior do que na EU, e ocupando um honroso 6º lugar.


 

Para aceder ao relatório da Comissão Europeia sobre Portugal em .pdf clique aqui

 

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