Em causa está a não suspensão de uma política que exclui automática e permanentemente registos de conversas entre funcionários e que a big tech disse que teria suspendido em 2019
O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, na sua sigla em inglês) acusou a Google de destruir provas – nomeadamente comunicações corporativas internas – num caso antitrust acerca do seu negócio de browsers. Os advogados da agência solicitaram uma audiência e que a tecnológica fosse sancionada como parte do caso antitrust. No processo, o DOJ afirma que a Google falhou em não suspender atempadamente uma política que permitia a exclusão automática e permanente dos registos de conversas em chats entre os colaboradores, que a big tech disse que teria suspendido a configuração em 2019, mas que preservava as comunicações de chat, às quais uma medida do tribunal federal que rege as informações armazenadas digitalmente obriga. “A destruição diária de registos escritos da Google prejudicou os EUA, privando-os de uma rica fonte de discussões cândidas entre os executivos do Google, incluindo prováveis testemunhas de julgamento”, escreveu o advogado do DOJ, Kenneth Dintzer, no documento em que solicitam uma audiência e uma sanção adequada. Em resposta, a Google disse em comunicado que refuta “fortemente” as alegações do DOJ. As “nossas equipas trabalharam conscientemente durante anos para responder a consultas e litígios”, disse um porta-voz. Além disso, afirma que “produziu mais de quatro milhões de documentos só neste caso, e outros milhões para reguladores em todo o mundo”. |