Estudo divulgado pela Ricoh indica, também, que os empregadores se preocupam com a produtividade num ambiente de trabalho híbrido, mas que a maioria não investe em tecnologia
Um estudo divulgado pela Ricoh Europa revela que os empresários não estão a investir na tecnologia necessária para manter a produtividade no trabalho remoto. Dois anos após o início da pandemia, que forçou as empresas a adotarem o teletrabalho, mais de um terço (36%) dos empregadores dizem que a sua organização forneceu as ferramentas e tecnologia adequadas para manter a produtividade dos colaboradores enquanto trabalham a partir de qualquer local. Apesar da incapacidade de implementação de novas soluções, a maioria dos empregadores (53%) reconhece que investir em IA e automatização impulsiona a produtividade através de uma força de trabalho híbrida. Estas conclusões surgem na pesquisa da Ricoh, que concluiu que 35% dos empregadores confiam plenamente na sua equipa enquanto trabalham remotamente, com 39% a sugerir que a sua equipa não trabalha tão eficazmente como no escritório. No entanto, apenas 19% dos empregadores dizem que a produtividade diminuiu desde a transição para o trabalho remoto. Além disso, 57% consideram que investir em tecnologia de trabalho flexível é essencial para atrair e reter talento. O estudo conduzido pela Opinion Matters para a Ricoh Europa recolheu a opinião de 1.500 empresários em todo continente. Os responsáveis parecem valorizar o tempo que os colaboradores gastam em tarefas que entregam valor real aos clientes, enquanto os colaboradores dizem que estão sobrecarregados com trabalhos menos impactantes. A maioria dos empregadores (69%) acredita que os seus colaboradores gastam até 180 minutos por dia em atividade de elevado valor, em comparação com os 73 estimados quando questionados em março do ano passado. A falta de investimento em tecnologia para permitir que os colaboradores trabalhem de forma produtiva a partir de qualquer local sugere que os empregadores estão mal preparados para a realidade do trabalho híbrido. Mais de metade (54%) dos decisores empresariais europeus acredita que a colaboração é vital para o sucesso futuro da sua empresa. Apesar deste desejo, apenas um em cada quatro colaboradores acredita que a sua empresa regressará a uma semana de cinco dias no escritório nos próximos 12 meses, questionando ainda a falta de investimento em ferramentas de trabalho híbrido. Porém, para muitos colaboradores um retorno ao escritório a tempo inteiro não é algo com o qual se sintam confortáveis, já que 42% dos decisores dizem que as suas equipas estão preocupadas com o regresso ao escritório, devido a questões com a sua saúde e segurança. O facto de não reconhecer estas preocupações poderia não só ter impacto na moral, como arriscar a perda de bons profissionais. Ramon Martin, CEO da Ricoh Espanha e Portugal, refere que "há que encontrar um equilíbrio entre o trabalho presencial e remoto. Por isso, é que defendemos na Ricoh a cultura de um modelo de trabalho híbrido. É importante frisar que a tecnologia beneficia a produtividade do trabalho, como é o caso das ferramentas de IA, automatização de processos, Cloud e de cibersegurança, pelas quais os colaboradores anseiam cada vez mais, porque os liberta do trabalho repetitivo, de baixo valor, para se concentrarem em tarefas mais gratificantes. Cabe aos decisores fazerem com que o modelo de trabalho híbrido seja seguro e o mais bem-sucedido possível". |