Cloud? Qual Cloud?

O crescimento dos modelos de Cloud híbrida e Multicloud tem permitido alargar, de forma muito positiva, as opções de escolha de muitas organizações, que pretendem evoluir para plataformas de Cloud mas sem comprometer workloads, operacionalidade e orçamentos.

Existem, no entanto, sinais contraditórios nos processos de adoção dos novos modelos de Cloud, incluindo em Portugal: se por um lado essa adoção sugere uma maturidade crescente das empresas, por meio de escolhas criteriosas dos workloads a migrar, por outro lado muitas das migrações efetuadas ocorrem devido à adoção de soluções SaaS (Software as a Service), o que não significa a existência de uma estratégia Multicloud bem definida.

Apesar desta aparente contradição, argumentos como o controlo e redução de custos, a segurança e a flexibilidade continuam a servir de base à decisão de apostar em soluções Multicloud. O grande desafio está precisamente em saber como podem as organizações escolher soluções e modelos de Cloud híbrida ou Multicloud que realmente sirvam o seu negócio – e a resposta surge, naturalmente, a montante da migração.

Saber como evoluir

Todos conhecemos histórias de “erros de casting” em projetos de adoção de soluções de Cloud e de custos que dispararam após esse processo, simplesmente porque as organizações seguiram o caminho do “muda-se para a Cloud, e depois logo se vê”. O crescimento da oferta de soluções de Cloud híbrida e dos modelos Multicloud abre caminho, sem dúvida, a apostas muito mais seguras, mas é essencial a definição de uma estratégia de Cloud nas diversas componentes cruciais, como infraestrutura, processos, pessoas, entre outras, através da realização de um Assessment completo, para que a aposta se torne numa importante mais-valia para o negócio.

Os primeiros pontos a ponderar prendem-se com os motivos que levam uma organização a investir na Cloud. O Assessment surge aqui como uma etapa essencial em todo o processo, já que dele vai depender o sucesso de uma eventual migração. Para isso, o parceiro responsável pela avaliação deverá perceber de forma clara e transversal a estratégia de negócio do cliente, bem como o tipo de evolução necessário, de modo que as organizações não questionem, passado pouco tempo, a sua presença na Cloud.

Existem várias razões que poderão fazer com que as organizações questionem a sua presença na Cloud, em relação às quais deverão ser dadas antecipadamente respostas:

• Acompanhamento – é essencial garantir o acompanhamento na fase de preparação, em que se estuda de que forma os workloads vão funcionar em Cloud e o que é esperado no futuro;
• Controlo de custos – As organizações deverão ter total visibilidade sobre os custos de utilização da Cloud e dos respetivos serviços, de preferência com ferramentas que facultem previsões de consumo;
• Armazenamento – Aquela que é, para muitas organizações, a razão inicial para a adoção de Cloud, deverá ter em conta as componentes que geram o maior consumo, a evolução das necessidades de espaço, as soluções de backup, a disponibilidade e a segurança de toda a informação;
• Segurança – os principais providers de Cloud garantem níveis de segurança da informação acima de qualquer solução on-prem, mas é essencial que as organizações ganhem maturidade a este nível, olhando para a segurança de uma forma transversal – desde a prevenção e proteção, à definição de planos de recuperação e formação dos utilizadores;
• Flexibilidade – Mais do que ter uma preocupação com a dependência de um determinado provider de Cloud ou de serviços na Cloud, o foco deverá estar na adoção de soluções nativas que garantam a sua evolução e continuidade, bem como na adoção de soluções e serviços que tragam uma nova metodologia de controlo de custos global, independentemente da sua origem, como é o caso de FinOps.

A aposta em modelos de Cloud híbrida e Multicloud está, assim, cada vez mais dependente da correta avaliação das necessidades de negócio, de forma a garantir que as organizações aproveitem o que cada plataforma tem de melhor. Enquanto parceiro especialista em soluções de Cloud, a Claranet atua como um trust advisor através de serviços de avaliação completos, que apoiam as organizações a definir a estratégia de Cloud mais adequada às suas necessidades.

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Claranet