Data & Analytics, Modern App, Database Freedom e Machine Learning são as áreas onde a Cycloid recebe um forte apoio técnico do seu parceiro AWS
Quais são ainda as principais objeções por parte das organizações portuguesas para a adoção de soluções cloud? Acreditamos que as principais objeções estão relacionadas com os custos e a segurança. As empresas portuguesas já têm uma noção das vantagens de migrar os sistemas para a cloud, mas estes dois pilares causam alguma insegurança porque o ownership passa a ser partilhado com outras empresas. Existe também outro receio que se prende com o facto de que, no final dos projetos, a parte de manutenção para o cliente se torna complexa pela falta de know-how interno. O know-how da cloud é diferente do sistema on premise e ainda está a ser construído, sendo que ainda existe uma falta de recursos nesta área que, de alguma forma, torna o processo mais custoso. Como deve ser planeada a migração dos workloads? Uma migração para a cloud tem que, estrategicamente, fazer sentido para a empresa. Eu vejo esta necessidade de duas formas: uma é o crescimento do negócio e, acima de tudo, dos dados e dos clientes, ou seja, um aumento do load, não só dos dados, como também do acesso aos dados. E por outro lado, a possibilidade de haver novas soluções e novas visões para o negócio, através de novos serviços que a cloud oferece. A empresa tem que estar alinhada em, pelo menos, uma destas visões. O que acontece depois é a necessidade de fazer uma migração mais planeada e otimizada para a cloud, tirando o melhor partido das funções, o que normalmente implica um grande trabalho de reengenharia. Necessitamos de ver os sistemas informáticos de uma forma diferente porque desenvolver para a cloud é nativamente diferente do que vender on premise e os projetos acabam por ser mais demorados e têm um investimento CAPEX maior. Como é que a Cycloid ultrapassa, com os seus clientes, os desafios de cloud lock-in e da imprevisibilidade dos custos? Temos uma visão diferente do mainstream. Estamos há 15 anos no mercado e sempre existiu vender lock-in, por exemplo a escolha de base de dados ORACLE vs MICROSOFT e, sempre se optou pela melhor solução, consoante o cenário, tendo em conta as necessidades da empresa. Cloud lock-in nunca foi um problema. Na realidade, desenvolve-se um sistema para uma cloud e, se caso necessário, mais tarde, pode migrar-se para outra bem mais facilmente porque, por exemplo, não há hardware envolvido. Além disso, conceptualmente, as principais clouds são semelhantes em termos de building blocks, sendo que umas são mais avançadas do que outras, mas a transição prende-se apenas ao software, portanto não envolve grandes custos e pode ocorrer em paralelo. Alguns recentes ciberataques mediáticos fragilizaram a perceção de segurança na cloud por parte dos clientes? É um facto que a cloud tem sido posta em causa. As empresas têm receio de passar para a cloud pelo desconhecido. De facto, há muitas particularidades que têm de ser bem configuradas e dimensionadas e ainda não existe uma maturidade nestas novas áreas. Não há nada 100% seguro, mas consideramos que a cloud é bem mais segura do que on premise, uma vez que os provedores de cloud garantem um conjunto de regras de segurança bastante apertadas. Para tal acontecer on premise era preciso um grande expertise, desde firewalls a bases de dados, sistemas operativos e um know-how interno, o que não acontece dado que nem todas as empresas têm departamentos de segurança que contemplem todas estas skills. Por outro lado, existe a parte da aplicação em si, desenvolvida pela empresa e que deve proteger elementos como logins e falhas de segurança da própria aplicação. A Cycloid é Consulting Partner da AWS, como é que esta parceria pode aportar valor adicional aos clientes? A parceria com a AWS é muito importante. A AWS tem presença física na Península Ibérica há relativamente pouco tempo e estão a apostar bastante no crescimento local com serviço de plataformas e integração de mini data centers. A AWS presta apoio à Cycloid em quatro áreas: Data & Analytics, Modern App, Database Freedom e gerações de bases de dados para a cloud e na área de Machine Learning. Portanto, nestes pilares temos, internamente, um apoio técnico muito forte. Para os nossos clientes, há um grande apoio financeiro para projetos, nomeadamente em custos da AWS, e também um apoio a nível de marketing com vídeos ilustrativos do que é a solução ou até com a realização e divulgação de use cases.
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