Se tivesse que escolher a buzzword do momento seria Transformação Digital, no entanto esta palavra remete-nos de imediato para muitas outras como Cloud, Inteligência Artificial, Machine Learning, Blockchain, Realidade Aumentada e por aí adiante
Centremo-nos na cloud. Cada vez são mais as organizações que optam pela migração para a cloud, no entanto há ainda muitos “mas” nesta transição que, acredita-se, representa o futuro... Quando se fala de cloud temos de ter em conta que há vários tipos de serviços cloud, os principais são: IaaS – Infrastructure as a Service – que é a disponibilização dos serviços computacionais básicos, ou seja computação, armazenamento, conectividade (virtualizados e/ou não), sendo da responsabilidade do cliente a instalação, operação e manutenção de tudo o que demais necessita, desde o sistema operativo, middleware, aplicações, … ; PaaS – Platform as a Service – que é a disponibilização de uma plataforma completa e pronta para o cliente desenvolver / instalar, operar e manter as suas aplicações; SaaS – Software as a Service – em que o cliente subscreve a utilização de aplicações como utilizador final. Tais serviços existem em cloud pública, mas também podem ser implementados em Cloud Privada, em que a organização se dota de todas as capacidades. Assim, uma das questões que se levanta é saber o momento certo para avançar com esta mudança e mais importante, qual a estratégia de migração.. que tipo de serviços computacionais (IaaS, PaaS, SaaS), que sistemas, que funcionalidades, quando, como, se tudo em cloud pública ou Privada ou Híbrido. Para isso, convém ter presente os benefícios mas também aspectos a considerar que podem limitar ou mesmo impedir a migração para a cloud. Focando-nos apenas nos serviços de cloud públicaOs principais e mais evidentes benefícios: Acesso anywhere, anytime, any device. Ou seja, se há uns anos, os sistemas e aplicações estavam somente acessíveis se se estivesse conectado aos sistemas dentro dos “muros” da organização (inclui acesso via VPN) e utilizando dispositivos como os PCs ou portáteis. Com os sistemas na Cloud, eles passam a estar disponíveis a toda hora em qualquer lugar com acesso à Internet e com a mesma performance e nível de serviço (dependendo apenas da qualidade da ligação à Internet). Tal disponibilidade faz com que as organizações evoluam na democratização do acesso aos sistemas numa filosofia de self- service. Isto sendo um enorme benefício traz também grandes desafios em relação à gestão da informação (acesso, salvaguarda, qualidade, governação, ..) e também de potenciais violações (vulgo hacking). Acessibilidade, disponibilidade e elasticidadeTrazem um maior controlo dos custos associados com os sistemas de informação devido ao modelo de subscrição pay what you use, pay- -per-use. Em conceito estas são de facto aquilo que aos olhos dos gestores, faz a migração para a Cloud tão atractiva. No entanto há ainda as razões técnicas relacionadas com a manutenção, suporte e garantia de nível de funcionamento e resposta dos sistemas de informação. Por exemplo, instalação de updates e/ou upgrades do software, garantia que o hardware é o mais adaptado às novas versões do software, substituição do hardware em caso de avaria, backups, segurança (encriptação dos dados, tráfego, acessos, etc.). Questões estas que são resolvidas no imediato ao optar por esta via. Alguns dos obstáculos a considerar: Todas as organizações têm um passado e com isso múltiplos sistemas de diversas gerações e mais diversas tecnologias, desde mainframes mais ou menos flexíveis até sistemas modernos e modulares. Ora com isso podem existir sistemas que simplesmente não são possíveis de migrar para a cloud, outros que o sendo os custos de o fazer não justificariam os benefícios, outros que devido a obrigações legais ou políticas internas não podem estar numa Cloud Pública. Em qualquer situação de migração para a Cloud há sempre que considerar como garantir a integração e interoperabilidade dos sistemas que irão para a Cloud e os que ficam, ou seja modelo Híbrido. ConclusãoConstatamos assim que, passar da plataforma para a Cloud, traz vários benefícios e facilmente podemos considerar que este é o passo mais facilitador para as empresas responderem às atuais exigências do mercado. Há que perceber, contudo, que esta deve ser uma tomada de decisão ponderada e sustentada, não devendo por isso deixar de considerar todos os prós e contras. O migrar para a Cloud Pública, permite às organizações concentrarem-se cada vez mais no seu negócio e actividades centrais, beneficiando dos serviço dedicados e especializados que respondem às necessidades da organização. Independentemente da opção tomada, é importante ter noção que as ofertas de Cloud, tal como o mercado, estão em constante evolução, daí ser imprescindível traçar uma estratégia, fazer um planeamento, ter em conta as necessidades presentes e futuras, a configuração que melhor se adapta ao seu caso, os requisitos necessários, averiguar os custos (incluindo os escondidos)... sendo a questão da confiança muitíssimo importante. A buzzword de que falei acima - Transformação Digital - encontra-se definitivamente no topo das prioridades da agenda de muitos decisores de negócio, e ainda bem pois perante clientes que exigem rapidez, facilidade de uso e agilidade só mesmo a tecnologia para nos ajudar na obtenção de resultados e ganhos de produtividade.
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