Cinco tecnologias que transformarão o futuro digital das empresas

Comunicações via satélite, computação segura e humanos digitais são algumas das tendências de tecnologia empresarial destacadas pela Gartner

Cinco tecnologias que transformarão o futuro digital das empresas

A Gartner identifica cinco tecnologias que irão transformar o futuro das empresas a nível digital, incluindo humanos digitais, IoT em ambientes pequenos, robôs autónomos, computação segura e comunicações via satélite.

No evento Gartner IT Symposium/Xpo, realizado na Gold Coast, Nick Jones, vice-presidente analista da empresa, afirma que as tecnologias elencadas são “potencialmente transformadoras”, devendo ser estudadas devido ao seu “âmbito amplo” e ao facto de abrir caminho para “novos modelos de negócios ou novas capacidades significativas”.

Ainda assim, o papel destas cinco tecnologias no futuro digital bem-sucedido das empresas pode variar de caso para caso. “A definição de disruptivo de cada pessoa é diferente, portanto, avalie-os a partir da perspetiva única da sua organização e do seu impacto potencial”, aconselha Jones. “De seguida, considere novas oportunidades de negócios possibilitadas por tecnologias individuais, bem como por combinações delas”.


Comunicações por satélite

O satélite em órbita terrestre baixa (LEO) pode ser importante na revolução das empresas nas suas comunicações com pessoas e coisas.  Segundo a Gartner, o LEO proporcionará uma conexão direta via satélite para pequenos dispositivos IoT, oferecendo uma cobertura global acessível sem envolver SIMs, provedores de telecomunicações e complicações de roaming.

Para além disto, o LEO irá fornecer banda larga com cobertura global e latência suficientemente baixa para uma ampla gama de tarefas, bem como serviços de voz e dados de um satélite para um smartphone 4G não modificado com o intuito de ampliar a cobertura a locais remotos.


IoT em pequenos ambientes

A pequena Internet of Things (IoT) ambiental permite o rastreio e a deteção de algo com uma menor complexidade e um custo menor em comparação com os dispositivos alimentados por bateria, permitindo compreender informações sobre mais coisas, de mais maneiras, e de forma mais discreta.

A Gartner destaca que esta tecnologia vai permitir a existência de novos ecossistemas, produtos com novos comportamentos e novos modelos de negócios baseados no conhecimento da localização ou comportamento dos objetos.


Computação segura

Segundo a Gartner, a computação segura, que permite a exploração dos dados sem comprometer a privacidade, está a tornar-se cada vez mais importante com a conexão de cada vez mais coisas e com o acesso dos ecossistemas a cada vez mais informações pessoas.

No entanto, a implementação da computação segura é um entrave para as empresas devido ao custo, desempenho e disponibilidade. Neste sentido, a Gartner recomenda o recurso a tecnologias como aceleradores ótimos para a implantação.


Humanos digitais

Os humanos digitais são representações interativas que assentam em Inteligência Artificial (IA), sendo capazes de imitar determinadas características, personalidades, conhecimentos e mentalidades de um ser humano.

Estes variam de físicos, como robôs humanóides, a virtuais e podem ser orientados por humanos, para imitar aspetos de um humano, ou até por IA, em casos em que não precisam de ser semelhantes a humanos em todos os aspetos, como um chatbot.

Os principais desafios dos humanos digitais estão relacionados com aplicações antiéticas, comportamento inapropriado, criação de preconceitos e estereótipos, falta de regulamentação, risco de reação social, atitudes culturais variadas, entre outras. Desta forma, a Gartner sugere a avaliação de questões sociais ou regulatórias que possam surgir antes da adoção desta tecnologia.


Drones e robôs autónomos adaptáveis

Os sistemas autónomos são sistemas físicos ou de software, assentes numa autogestão, que realizam tarefas que revelam autonomia, conhecimento e agência, adaptando-se de forma autónoma.

Determinar aquilo que um robô ou um sistema de IA aprendeu ou fez pode ser um desafio desta tecnologia. Assim, a Gartner sugere o seu teste em ambientes complexo e em rápida mudança, bem como a gestão de riscos através da análise das consequências comerciais, éticas e legais.

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