CEO reconheceram a inteligência artificial como tópico principal da próxima reforma empresarial
O crescimento das empresas foi selecionado como principal prioridade para o ano de 2024 por 62% dos CEO, segundo um novo estudo da Gartner. Desde 2014 que não se registava uma percentagem tão elevada; no ano passado apenas 49% dos CEO inquiridos afirmaram esta ser a sua prioridade. “Além do aumento do foco em crescimento, o inquérito demonstrou que existe uma posição fraca em relação à administração de despesas, indicando que grande parte dos CEO e executivos acreditam que estes são os tempos económicos mais difíceis que já ultrapassaram”, afirma David Furlonger, Distinguished VP Analyst e Fellow da Gartner. “Estamos a entrar num período de aumento de confiança dos líderes empresariais e do lançamento de novas estratégias empresariais”. Em relação à transformação digital, 34% dos CEO questionados selecionaram a Inteligência Artificial (IA) como a próxima prioridade na transformação empresarial após a inserção no digital. “A IA está a substituir o digital como a principal expressão que os CEO mais referem, grande parte devido à inteligência artificial generativa”, refere Don Scheibenreif, Distinguished VP Ananlyst da Gartner. “A maior parte dos CEO entrevistados creem que os avanços da IA em 2023 valem a pena o hype que estão a ter na indústria da tecnologia”, acrescenta. Apesar de todas as perspetivas negativas sobre a inteligência artificial, 87% dos CEO aceita que o benefício associado a este tipo de tecnologia é muito maior do que os riscos que poderá trazer aos seus negócios. Outros 90% concordam que a ideia de que a IA é uma ameaça à existência humana é um exagero. Contudo, os líderes empresariais não estão a abordar a introdução da IA da forma mais positiva. 56% dos CEO consideram que a desinformação e os deepfakes podem criar problemas nas operações. “Os CEO deveriam tolerar a realização de projetos que utilizem IA generativa de custos reduzidos”, declara Scheibenreif. “No entanto, têm de evitar a tendência de controlar a aplicação da inteligência artificial generativa a partir do seu núcleo”, remata. |