Reguladores bancários, de seguros e de valores mobiliários da UE estão a monitorizar as ações das Big Tech nos serviços financeiros
Os reguladores bancários, de seguros e de valores mobiliários da União Europeia “mapearam” em conjunto a presença de movimentos de empresas Big Tech nos serviços financeiros, o que levantou preocupações no que diz respeito ao seu alcance, assim como à sua grande quantidade de dados e capacidade económica. Os “watchdogs” financeiros afirmaram que, embora seja um desafio acompanhar a forma como as Big Tech estão a entrar no setor dos serviços financeiros da UE, não representam atualmente uma ameaça à estabilidade financeira. A análise recaiu sobre a Alphabet, proprietária da Google, Amazon, Meta, Alibaba, Tencent, Rakuten, Orange, Vodafone, Tesla e Apple. “Os resultados do balanço mostram uma presença crescente, embora ainda numa base baixa, de subsidiárias de Big Tech como prestadores diretos de serviços financeiros na Europa, nomeadamente nas áreas de pagamentos e dinheiro eletrónico”, disseram. Os “watchdogs” revelaram que “também foram reportadas grandes empresas de tecnologia que fornecem serviços de seguros diretamente”. Além disto, os reguladores constataram a existência de pouca visibilidade sobre as atividades dentro das Big Tech, notificação não confiável de atividades transfronteiriças aos reguladores e desafios na monitorização de como estas empresas oferecem serviços financeiros. Apesar de considerarem que é necessária uma mudança regulatória urgente em relação à prestação direta de serviços financeiros das Big Tech, “reiteraram os riscos potenciais de qualquer potencial aumento adicional nessas atividades”, escreveram em comunicado. Os “watchdogs” financeiros do bloco europeu disseram que vão continuar a reforçar a vigilância da relevância das Big Tech no setor de serviços financeiros da UE, através de uma nova “matriz” de monitorização. |