Em causa, estão acusações de fabricantes de dispositivos, que alegam que a Google os força a pré-definir e a instalar o assistente de voz da big tech em dispositivos Android
A Google soma agora mais uma investigação antitrust da União Europeia. Desta vez, é acusada de obrigar os fabricantes de dispositivos a instalarem o Google Assistant como assistente de voz padrão em dispositivos Android, avança a Reuters, citando a agência de comunicação MLex. "Os fabricantes podem escolher quais os assistentes de voz que instalam nos seus dispositivos e os utilizadores também podem escolher", refere a big tech num e-mail. Até à data, a tecnológica foi multada em mais de 8 mil milhões de euros pela Comissão Europeia, em três casos distintos. Um novo antitrust pode sujeitar a Google a uma coima de até 10% do seu volume de negócios a nível mundial. A CE afirmou em junho que um inquérito sectorial sobre dispositivos conectados levantou preocupações dos inquiridos sobre determinadas práticas de exclusividade e de ligação, como o impedimento de instalar um segundo assistente de voz. O executivo da UE pediu aos fabricantes que fornecessem provas de que foram ou estão a ser forçados a pré-instalar o Google Assistant, adiantou a agência noticiosa. Além disso, a CE quer também saber se a grande tecnológica está a utilizar o seu processo de certificação para novos dispositivos para garantir a exclusividade de outras formas. A entidade reguladora está a verificar se os utilizadores podem efetivamente utilizar mãos do que um assistente de voz simultaneamente, explica a MLex, pelo que a CE deverá emitir um relatório final do seu inquérito setorial no primeiro semestre de 2022, após o qual poderá abrir novas investigações. |