Os últimos anos de trabalho têm sido desafiadores para os profissionais de Recursos Humanos (RH) e gestores da força de trabalho. Um estudo de mercado conduzido pela Culture Amp revelou que os principais obstáculos enfrentados por mais de 500 líderes de RH incluem a competição por talentos, retenção de colaboradores, equilíbrio de modelos de trabalho flexíveis, manutenção do compromisso dos funcionários, promoção do desenvolvimento dos mesmos e gestão de desempenho.
“Estes desafios sempre foram prioridade para os profissionais de RH, mas olhando para o futuro, estamos a entrar numa nova fase de trabalho onde a tecnologia, liderança e comunicação estão focadas em facilitar e remodelar métricas de produtividade para ambientes de trabalho mais harmoniosos”, observa, em comunicado, José Pedro Fernandes, vice-presidente da Sisqual WFM. “Quando a empresa utiliza ferramentas para facilitar o trabalho da sua equipa, não só se sente valorizada e confiante, mas também se prepara para atuar com colaboradores e ambientes de trabalho orientados para o sucesso e crescimento”.
De acordo com José Pedro Fernandes, no setor do retalho, isso torna-se ainda mais evidente devido à rápida evolução desta indústria, que exige uma força de trabalho adaptável e qualificada. As empresas reconhecem a necessidade de funcionários com formação multidisciplinar que possam transitar facilmente entre funções na loja e plataformas digitais. “À medida que a tecnologia se integra cada vez mais no cenário do retalho, enfatiza-se a formação dos funcionários em áreas como Inteligência Artificial (IA), análise de dados e envolvimento digital do cliente. Além disso, as empresas estão agora a priorizar um ambiente laboral holístico que promova a inovação, colaboração e aprendizagem contínua, garantindo que permaneçam na vanguarda da transformação da indústria”, destaca.
Tendo em mente este cenário, a Sisqual WFM identificou cinco tendências que os retalhistas podem esperar em 2024 (e no futuro, em geral) no mercado laboral, especificamente no departamento de RH e na gestão da força de trabalho:
- Integração de tecnologia no local de trabalho – “Em 2024, iremos entrar numa era de tecnologia específica para RH e força de trabalho. Podemos esperar relações profissionais mais próximas entre as equipas de TI e RH, trabalhando em conjunto para capacitar e aprimorar a força de trabalho do futuro”, explica o vice-presidente da Sisqual WFM. A tecnologia no local de trabalho visa tornar a atividade mais rápida, inteligente e apurada. Para os líderes de RH, a tecnologia desbloqueará insights sobre os locais de trabalho e equipas, sendo um recurso-chave para sustentar a força de trabalho do futuro;
- A experiência de IA – A tecnologia de Aprendizagem Automática (Machine Learning), uma ferramenta crucial para muitos sistemas de IA, não substituirá seres humanos ou posições de trabalho, mas agregará habilidades e agilidade no quotidiano do profissional de RH e da liderança. A tecnologia surge para auxiliar em tarefas fundamentais como a alocação de turnos e cumprimento da legislação, ou seja, todos os funcionários serão impactados pelo uso da IA de alguma forma. “A IA ajuda a fazer mais com menos, melhorando o trabalho que já é realizado e reduzindo o tempo gasto em tarefas burocráticas, porém importantes”, diz José Pedro Fernandes;
- Adoção de turnos flexíveis – O termo está relacionado com uma nova forma de organizar os turnos para os funcionários. Numa plataforma digital, o empregador disponibiliza os horários disponíveis a uma seleção de profissionais previamente inscritos que, por sua vez, têm a liberdade de escolher as opções que lhes forem mais convenientes. Além de ser mais democrático, este processo de gestão de escalas torna os horários mais flexíveis e adequados a esta nova realidade do mercado, enquanto atende às necessidades da empresa de forma escalonável;
- O papel da mudança – À medida que o setor procura otimizar operações e melhorar a experiência do cliente, a gestão eficaz da força de trabalho torna-se crucial. O Workforce Management ganhará destaque, capacitando os retalhistas a aprimorar a alocação de recursos, programação de equipas e gestão de desempenho, resultando em operações mais eficientes e colaboradores mais satisfeitos. “A omnicanalidade continuará a moldar o cenário, com os consumidores a esperarem experiências fluidas entre canais online e físicos. A integração perfeita destes elementos permitirá aos retalhistas oferecer não apenas produtos, mas experiências holísticas, impulsionando a fidelização do cliente num ambiente cada vez mais dinâmico e interconectado”, destaca José Pedro Fernandes;
- Aprendizagem liderada pelos funcionários – Haverá uma transição do tradicional domínio do departamento de Recursos Humanos para uma abordagem mais democrática e responsável sobre a construção de escalas. “A implementação de ferramentas avançadas de WFM tem capacitado os líderes de equipa a assumirem um papel proeminente no planeamento e execução dos turnos, distribuindo a responsabilidade de forma mais equitativa. Esta abordagem descentralizada não só agiliza o processo de escalas, mas também promove uma tomada de decisão mais ágil e adaptativa, alinhando as necessidades operacionais com as expectativas dos colaboradores, resultando numa gestão de equipa mais eficiente e comprometida”, conclui José Pedro Fernandes.
|