Um estudo da ACEPI, em conjunto com a IDC, coloca em destaque os indicadores relativos ao desenvolvimento da Economia Digital em Portugal. Atualmente, 30% dos portugueses compram online
Um estudo da ACEPI, em conjunto com a IDC, coloca em destaque os indicadores relativos ao desenvolvimento da Economia Digital em Portugal desde 2009 até hoje, estimando o volume do negócio eletrónico em Portugal até 2020 O estudo foi revelado no Portugal Digital Summit e indica que, num mundo cada vez mais digital, dominado pelo online, começam a ser cada vez menos os utilizadores que dispensam a utilização do e-commerce. Os utilizadores atuais prezam a flexibilidade e para eles é imperativo estarem sempre conetados, efetuar qualquer ação em qualquer lado, a qualquer momento. A utilização da Internet já não é uma tendência, já se tornou uma commodity, e atualmente em Portugal já é uma realidade que abrange 70% da população. Neste estudo, a ACEPI e a IDC preveem que em 2020 a percentagem de pessoas que utilizam a Internet seja de 90%. Embora a percentagem de portugueses que efetua compras online tenha duplicado desde 2010, a verdade é que ainda se encontra apenas nos 30%, traduzindo-se em 3,803 milhões de euros por mês gastos em compras online. No entanto, o estudo estima que esta percentagem duplique para 60% até 2025 e que os portugueses passem a gastar cerca de 9,194 milhões de euros por mês no e-commerce. As plataformas internacionais de compras online são as mais utilizadas. Embora 50% dos portugueses já tenham efetuado compras em sites chineses, é o eBay o site mais utilizado pelos consumidores, com a preferência de 54% dos compradores, seguido pela Amazon (38%), Booking (35%), AliExpress (28%), Google (23%), entre outros. Os produtos e serviços mais procurados pelos portugueses que compram online são o alojamento, com 46% dos compradores a procurarem este tipo de serviço, seguido de bilhetes de transporte (40%), vestuário e acessórios de moda (39%), bilhetes de espetáculos (34%), livros (31%), equipamentos móveis e acessórios (37%), artigos para o lar (24%), e equipamento informático (23%). A nível das empresas, as mais ativas online são as grandes empresas, com 97% destas a terem presença online. Seguem-se as médias empresas, com uma percentagem de 86%, as pequenas empresas, com 56%, e as micro empresas, com 30%. No entanto, desta percentagem apenas uma parcela é reservada à aposta e-commerce. Das grandes empresas, apenas 54% disponibilizam comércio eletrónico. Nas médias empresas só 40% o fazem e nas pequenas a percentagem é de 23%. Só 8% das micro empresas estão presentes no comércio eletrónico. Estes números, em conjunto com a percentagem de portugueses que preferem as plataformas de e-commerce internacionais, mostram que as empresas portuguesas poderão necessitar de reinventar a sua presença no ciberespaço para aumentar a sua competitividade e relevância entre os consumidores. |