AI Digest, um resumo do que mais importante está a acontecer no campo da Inteligência Artificial
A Cura para a EsperaA Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) lançou o SLIViT, um novo protagonista na radiologia que promete ajudar a acabar com as listas de espera para cuidados médicos. Este modelo de IA, desenvolvido por investigadores da universidade, analisa imagens médicas tridimensionais — ressonâncias magnéticas, ecografias, tomografias — numa fração do tempo que um especialista humano demoraria, e por um custo consideravelmente menor. No tempo de ir tomar o café, o SLIViT termina a análise. O SLIViT utiliza um método de pré-treino e ajuste fino baseado num conjunto de dados públicos, numa tentativa de democratizar a análise de imagens médicas. Por outras palavras, tornar a perícia médica mais acessível. O Dr. Eran Halperin, o autor por trás desta inovação, assegura que o modelo é não apenas preciso, mas também extremamente adaptável a novas técnicas de imagem médica. É como ter uma reciclagem profissional automática: o SLIViT aprende e evolui sem precisar de anos de estudo. O impacto potencial é enorme, especialmente em áreas onde os especialistas são raros. As listas de espera podem virar história antiga, substituídas por diagnósticos rápidos e precisos. Resta-nos confiar numa máquina que não precisa de descanso nem de confirmações humanas. Talvez seja o único sistema infalível, já que não conhece o medo de errar. Height 2.0: abordagem autónoma à gestão de projetosA Height lançou a versão 2.0 da sua plataforma de gestão de projetos, agora com inteligência artificial integrada para simplificar tarefas repetitivas e aumentar a eficiência das equipas. A Height 2.0 foca na automação de processos como triagem de erros, gestão de listas de trabalho e monitorização do progresso, aliviando a carga administrativa dos membros da equipa. Assim, as equipas podem focar-se mais no desenvolvimento de produtos e menos em burocracias. Esta automação é especialmente útil para pequenas empresas onde a função de gestor de projetos praticamente não existe. A IA do Height 2.0 categoriza tarefas, atribui-as automaticamente às pessoas certas e define prioridades — tudo sem que alguém precise levantar um dedo. Imagine um engenheiro a criar uma tarefa e o sistema já a categoriza, atribui e prioritiza sozinho. É quase mágico, mas sem cartas na manga. Além disso, a plataforma melhora a comunicação e colaboração ao sugerir atualizações de progresso baseadas nas interações da equipa, evitando que informações críticas se percam. A Height 2.0 também identifica dependências entre tarefas e elimina duplicações, aumentando a eficiência organizacional. Durante os testes, surgiram sugestões para expandir as capacidades, identificar os melhores recursos para resolver problemas ou monitorizar tarefas fora do âmbito original. Parece que a Height 2.0 está pronta para tudo, menos para tomar café com a equipa. Em suma, a Height 2.0 visa tornar a gestão de projetos menos onerosa e mais produtiva, usando IA para lidar com o trabalho administrativo que normalmente consome muito tempo. Num mundo onde maximizar a produtividade e minimizar a carga administrativa são prioridades constantes, a Height 2.0 surge como a solução praticamente perfeita — sem precisar de superpoderes. Newton: Uma Nova Abordagem à Interpretação Física pela IAA Archetype AI desenvolveu o Newton, um modelo de IA que aprende princípios complexos da física diretamente a partir de dados de sensores, sem qualquer conhecimento pré-programado. Este avanço pode revolucionar a forma como entendemos e interagimos com o mundo físico. O Newton consegue generalizar fenómenos físicos diversos, desde oscilações mecânicas até termodinâmica, usando apenas medições de sensores como entrada. O Newton surpreende particularmente ao prever com precisão o movimento caótico de um pêndulo em tempo real, sem ter sido especificamente treinado para isso. É como se a IA conseguisse prever um pêndulo caótico enquanto os físicos tentam defini-lo — um pequeno momento de glória para a tecnologia. Além disso, o Newton demonstrou um excelente desempenho em cenários complexos do mundo real, como prever padrões de consumo energético numa cidade e flutuações de temperatura em transformadores de redes de energia. Talvez, um dia, o Newton consiga explicar por que é que as contas de eletricidade continuam a subir inexplicavelmente. Além das aplicações práticas, o Newton tem implicações interessantes para a percepção humana. Ao interpretar dados de sensores desconhecidos, modelos como o Newton podem expandir as nossas capacidades sensoriais de formas inéditas. Como disse Ivan Poupyrev, cofundador da Archetype AI, “podemos começar a ver o mundo através de modalidades sensoriais que os humanos não possuem naturalmente, ampliando a nossa percepção de formas sem precedentes”. É como ganhar superpoderes, mas sem a capa e as meias elásticas. A abordagem do Newton representa um avanço significativo em sistemas de IA que não apenas interpretam dados, mas também compreendem princípios físicos de forma generalizada. Isto poderá levar a novas ferramentas para pesquisa científica, manutenção preditiva de equipamentos industriais e uma melhor compreensão de fenómenos ambientais complexos. Se a Archetype AI conseguir levar esta tecnologia ao mercado, poderá inaugurar uma nova era de entendimento, potenciada por IA, do mundo físico à nossa volta. |