A Forrester prevê que em 2022 os decisores vão voltar a pensar a longo prazo, focando-se na experiência do cliente e dos colaboradores
Os últimos dois anos têm sido uma montanha russa e um desafio permanente para as organizações. Apesar de algumas empresas terem sido bem-sucedidas em impulsionar a transformação, outras ficaram inevitavelmente para trás. A Forrester apresenta as suas previsões para 2022 e acredita que apesar de um ano semelhante aos anteriores, haverão pequenas mudanças no panorama tecnológico. Matthew Guarini, VP Research Director da Forrester, explica que enquanto em 2020 e 2021 os decisores se focaram nos desafios a curto prazo, em 2022 voltarão a decidir a longo prazo. As que melhor sucederem terão uma abordagem direcionada para o cliente e para tecnologias de reconfiguração do negócio para atender às necessidades futuras do cliente e do colaborador. Os analistas preveem que os executivos de tecnologia de ponta vão saltar da transformação tecnológica digital para a transformação tecnológica centrada no ser humano, com as empresas a procurar novas formas de demonstrar o valor do negócio nos mercados já saturados. As principais empresas deverão incentivar um desbloqueio da criatividade dos colaboradores e estabelecer uma nova era de transformação que inclui iniciativas tecnológicas centradas no ser humano, numa ligação estreita entre a experiência do cliente e a experiência dos colaboradores, que por outro lado será uma vantagem competitiva e de produtividade. Além disso, a escassez de talento tecnológico deverá criar lacunas ainda maiores até que novos modelos de sourcing sejam popularizados. A procura por novas competências digitais e talento acentua-se, superando em muito a oferta. Em resposta, as empresas mais future-ready vão utilizar uma arquitetura baseada em plataforma cloud e adotarão soluções low-code e no-code para reduzir a sua necessidade de competências técnicas mais avançadas. Por outro lado, a aceleração da transformação digital deverá agravar a dívida tecnológica para 60% das empresas. As futuras empresas mais prontas para o futuro, irão lidar com a dívida tecnológica com sucesso, conta a Forrester, partilhando a responsabilidade com os seus pares de negócios para proporcionar a melhor experiência de cliente através de funções que equilibram a execução rápida com abordagens de longo prazo, ao mesmo tempo que modernizam a sua arquitetura tecnológica e se movem para a cloud. |