O estudo Fjord Trends 2019 da Accenture reflete sobre o futuro dos negócios, tecnologia e design, e conclui que a relação entre a tecnologia e as marcas será a premissa da próxima revolução criativa
A nova relação entre a tecnologia e as marcas será protagonista de uma revolução criativa, aponta um estudo da Accenture. Conclui-se que as “pessoas e as organizações estão a refletir sobre o que realmente pretendem, como resultado da explosão de desordem digital consequente de duas décadas de acelerado crescimento tecnológico e de inovação”. O Fjord Trends 2019 é uma previsão anual sobre o futuro dos negócios, da tecnologia e do design, e a Accenture aponta para o facti de os anos de investimento em inovação terem deixado "os clientes inundados e sobrecarregados, em consequência das constantes exigências de tempo e atenção. Se antes ansiávamos novidade, excitação e gratificação instantânea, o que agora desejamos é maior tranquilidade e sentido de vida num mundo ruidoso”. “O mundo digital está num momento de limpeza profunda: é altura de decidimos se algo ainda tem valor e relevância para as nossas vidas”, afirma Mark Curtis, co-fundador e chief client officer da Fjord. “O digital é agora tão amplamente utilizado que já não é novo. Na tentativa de remover o desnecessário, as pessoas estão a ser mais seletivas nos produtos e serviços que incorporam diariamente nas suas vidas, escolhendo desligar, cancelar a inscrição ou participação se a troca de valores não for mútua. Nunca antes a responsabilidade do design foi tão importante”, sublinha o responsável.
O relatório Fjord Trends 2019 identifica sete tendências e respetivos conselhos: 1. Silence is gold: O sentimento de sobrecarga tornou-se um problema de saúde. Ao abraçar um design consciente, as marcas precisam encontrar formas de chegar aos seus consumidores que anseiam tranquilidade, num mundo ruidoso. 2. The last straw?: Chega de conversa. As pessoas esperam que os produtos e serviços tenham uma estratégia de sustentabilidade e vão rejeitar aqueles que não a incorporem na sua missão. 3. Data minimalism: Pessoas e organizações discordam sobre o valor dos dados pessoais. Será a transparência a chave para colmatar a lacuna? 4. Ahead of the curb: De scooters elétricas a drones, a mobilidade urbana tornou as cidades no vale tudo. É hora de combater a desordem com ecossistemas unificados que atendam às necessidades em tempo real. 5. The inclusivity paradox: 2019 tem sido um ano de alerta para a necessidade de ouvir diversas vozes. Mas como podemos comunicar para todos sem, inadvertidamente, excluir outros? As organizações devem ajustar o seu mindset para atender à procura por uma verdadeira inclusão. 6. Space odyssey: Espaços de trabalho e retalho precisam de uma reforma digital. Está na hora de repensar as nossas abordagens e ferramentas para redesenhar espaços. 7. Synthetic realities: Vivemos num mundo novo, no qual a realidade é produzida e sintética. A troca de rosto e a simulação de voz criam novas realidades mais verossímeis, que as empresas precisam de descobrir como capitalizar - e como gerir os seus riscos. |