No total, o SAS vai investir mil milhões de dólares para facilitar o acesso tanto a inteligência artificial como a analítica de dados
O SAS realizou pela primeira vez em Madrid o SAS Innovate Tour, um encontro que juntou mais de 300 participantes e permitiu que os executivos do SAS se reunissem internacionalmente com os diferentes gestores de empresas e instituições públicas da Europa, que são clientes da empresa norte-americana. O evento contou com quatro mesas de discussão onde representantes de setores como a banca, seguros, energia e até consultores discutiram temas como a IA, experiência do cliente, fraude e sustentabilidade. Rui Gonçalves, Partner, Technology Consulting da KPMG Portugal, foi um dos oradores presentes que abordou a questão da neutralidade carbónica e a quantificação da pegada de carbono, dando a conhecer alguns casos de sucesso nacionais que demonstram que os comportamentos que temos estão a gerar mudanças, sendo prova disso haver 59% de consumidores que afirma deixar de consumir produtos e/ou comprar marcas que não procedam de acordo com os princípios da ESG (Environmental, Social and Governance), isto segundo um estudo feito no ano passado pela Consultora. A propósito deste evento, o SAS aproveitou a oportunidade para anunciar um investimento de mil milhões de dólares nos próximos três anos para continuar a desenvolver soluções de inteligência artificial focadas em ir ao encontro das necessidades de determinadas indústrias. Desta forma, a empresa reforçará o seu compromisso em oferecer soluções personalizadas para os desafios do mercado, em setores como a banca, governo, seguros, saúde, retalho, manufatura ou energia, que serão executados no SAS Viya, a sua plataforma de analítica e IA, nativa da cloud. O investimento, que inclui I&D, equipas de linha de negócios focadas na indústria e esforços de marketing, financiará o trabalho inovador de cientistas de dados, estatísticos e programadores de software do SAS, que vão trabalhar com consultores, engenheiros de sistemas e profissionais de marketing. Este investimento reforça a aposta do SAS na literacia de dados uma vez que, ao facilitar e democratizar a utilização da inteligência artificial, a sociedade acaba por beneficiar. “As organizações enfrentam desafios que vão desde a ameaça de uma desaceleração económica e tensões nas cadeias de abastecimento até à escassez de mão-de-obra e mudanças regulatórias”, diz Christian Gardiner, Country Manager do SAS Iberia. “Através deste investimento, o SAS vai continuar a apoiar as empresas que usam IA, machine learning e analítica avançada para combater fraudes, gerir riscos ou melhorar o relacionamento com os clientes e cidadãos, entre muitas outras coisas. Seguimos firmes no nosso compromisso contínuo com a inovação ao oferecer a melhor Inteligência Artificial do mercado”. Com o objetivo de explorar as aplicações positivas da IA após o grande progresso que teve nos últimos anos, o SAS ampliou a sua Prática de Ética em Dados através da integração do seu programa Data for Good, considerando assim não apenas os riscos da IA, mas também o seu potencial para melhorar o mundo. Por outro lado, a empresa continua a melhorar a sua plataforma SAS Viya, que inclui funções como deteção de viés, explicabilidade, supervisão do modelo, governança ou prestação de contas, para demonstrar aos órgãos reguladores o esforço que está a ser feito para alcançar uma IA responsável. Como parte do seu compromisso, o SAS estabeleceu ainda uma parceria com outras organizações para explorar diferentes formas pelas quais a IA ética pode ser aplicada nos mais diversos setores, exemplo disto é a colaboração com o Erasmus University Medical Center e a Delft University of Technology, onde lançaram em conjunto o primeiro Laboratório de Inteligência Artificial Responsável e Ética em Cuidados de Saúde (REAHL), com o objetivo de enfrentar os problemas e desafios éticos relacionadas com o desenvolvimento e aplicação de tecnologias de IA na área da saúde. Foi, por fim, anunciado que o SAS e a Microsoft, em conjunto com o Erasmus MC, assinaram um compromisso conjunto de desenvolver, implementar e monitorizar aplicações data-driven em todo o Duke Health, de forma a melhorar o atendimento ao paciente e otimizar a utilização dos blocos operatórios, unidades de cuidados intensivos e o número de leitos disponíveis. “Com a IA a avançar rapidamente, devemos continuar prudentes em manter os seres humanos no centro de tudo o que fazemos. Não se trata somente de proteger aqueles que são mais vulneráveis, mas de procurar oportunidades para o uso da IA de forma a melhorar a vida das pessoas”, afirma Guilherme Dias, Sales Director do SAS Portugal. “Não há dúvida que a regulamentação de uma tecnologia como a IA é um grande desafio e estamos precisamente a testemunhar isso. Isto porque os desafios são de um espectro muito amplo: éticos, sociológicos, políticos, empresariais e outros. É claro que a regulamentação tem de garantir o gozo e proteção dos direitos humanos, mas isso requer vontade política para encontrar padrões em valores e princípios no uso da IA”. |