Fundada em 1984 e com vasta experiência no setor espacial, segurança e cuidados de saúde, a GMV desenvolveu uma série de soluções inovadoras que prometem facilitar a vida entre pacientes e médicos especialistas. A Antari é uma dessas soluções e já está a ser implementada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O Antari é uma das soluções de assistência remota a doentes mais avançadas da empresa e permite melhorar alguns dos processos que até à data implicam avultadas despesas para as diversas entidades de saúde, nomeadamente nas áreas dos cuidados e na gestão de processos entre as várias unidades de saúde por onde “circulam” os pacientes. Longe de se apresentar como uma solução focada na gestão de doentes, a Antari distingue-se pela envolvência tecnológica que é capaz de oferecer na área da telemedicina. A segurança e privacidade são outras das mais-valias das soluções apresentadas pela GMV, numa altura em que tanto se fala das restrições a este tipo de informações, neste caso particularmente sensíveis. Inmaculada Pérez Garro, Diretora de Saúde da GMV, confirmou isso mesmo, num projeto que demorou mais de ano e meio a implementar, revelando que tecnologias como o Big Data e o Analytics mudaram totalmente todo o setor da saúde, que agora se foca mais no doente (medicina personalizada) e em toda a informação disponível que se consiga obter do mesmo, seja ela em contexto social como profissional. Todos os dados passaram a ser relevantes no sentido de se conseguir fazer uma prevenção cada vez mais eficaz das doenças.
Já não é preciso “ir lá”... às unidades de saúdeAs soluções da GMV já estão implementadas em alguns países, mas também em Portugal se começa a apostar neste tipo de tecnologias digitais ligadas ao setor da saúde, do qual se anteveem grandes progressos e, acima de tudo, um volume de investimento como nunca antes visto. Segundo o Diretor do Serviço de Sistemas de Informação do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Eng. Luís Salavisa, este tipo de projetos, apesar de morosos na sua implementação, terão luz verde no nosso território até ao final do ano, começando por uma aposta nas teleconsultas no Hospital de Santa Maria que trarão inúmeras vantagens no que respeita à gestão dos calendários de profissionais de saúde, assim como numa maior rapidez e comodidade para os utentes, que não necessitam de se deslocar aos centros de cuidados para, por exemplo, mostrar as últimas análises realizadas. Apesar deste tipo de investimentos ainda não ser visto pelas principais entidades responsáveis, nomeadamente pelo Governo e pela distribuição que faz do Orçamento de Estado, como o futuro da medicina à distância, a verdade é que a médio e longo prazo este tipo de tecnologias vai permitir enormes poupanças nas despesas que as unidades de saúde habitualmente têm. A propagação de doenças em hospitais como o de Santa Maria, onde circulam diariamente mais de 20 mil pessoas, é um claro exemplo do que que se pode prevenir com este tipo de tecnologias remotas.
Projeto pilotoEm Portugal, o número de idas às urgências aumenta todos os dias e, em hospitais que recebem doentes de todas as periferias, este tipo de tecnologias podem ser a melhor solução para aumentar a eficiência do atendimento e no tratamento. Para o responsável do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, estas soluções ainda “sofrem” de alguma resistência à mudança, mas a verdade é que a linha Saúde24 e as prescrições eletrónicas também foram alvo de críticas e de até algum ceticismo, e agora são apostas consolidadas neste setor. |