Num relatório onde prevê e analisa a importância crescente dos dados e do analytics, a Gartner diz que atualmente a informação não é tida em conta pela contabilidade das empresas, que por isso acabam por não conseguir capitalizá-la. Um cenário que, no entanto, deverá ser alterado, dado que as organizações deverão ser cada vez mais avaliadas pelo seu portfólio de informação
Ao dar a conhecer uma série de previsões acerca da importância crescente de data e analytics, os analistas da Gartner concluíram que embora a informação cumpra os critérios que definem um ativo de negócio, as atuais práticas de contabilidade impedem que as empresas a capitalizem. Deste modo, realçam, hoje em dia não é possível encontrar o valor da informação nas folhas de balanço. "Mesmo estando no meio da era da informação, a informação simplesmente não é valorizada por quem avalia o negócio", refere Douglas Laney, vice president and distinguished analyst, Gartner. "No entanto, ao longo dos próximos anos, o responsáveis pela avaliação de investimentos corporativos, incluindo analistas de capital, serão obrigados a considerar o valor da informação de uma empresa para serem capazes de a avaliarem corretamente". A consultora revela ainda, num estudo, que há empresas que já demonstram sensibilidade para esta questão, ao contratarem um Chief Data Officer (CDO), formando equipas de data science. "Qualquer pessoa que avalie adequadamente um negócio neste mundo cada vez mais digital, terá de ter em conta os seus dados e recursos de análise, incluindo o volume, variedade e qualidade de seus ativos de informação”, refere Douglas Laney. Segundo os dados de um estudo mundial no Aulive, cerca de 17 mil patentes solicitadas em 2015 mencionaram o "algoritmo" no título ou descrição, contra 570 em 2000. Incluindo aqueles que mencionaram o "algoritmo" em qualquer parte do documento, houve mais de 100 mil pedidos no ano passado versus 28 mil há cinco anos. |