Nos últimos tempos, a sociedade e a economia levaram como que um abanão que nos pôs a todos a repensar o presente e o futuro.
Não que não existissem antes desafios e dilemas, mas a Covid-19 e a pandemia geraram uma onda de impasses e alterações profundas que me fazem acreditar que nada será como antes. As empresas, de repente, tiveram de abraçar (muitas delas à força) a Transformação Digital, e uma vez mais, ficou à vista o papel absolutamente primordial da gestão de dados e as vantagens competitivas e oportunidades que esta nos pode dar. Agora mais do que nunca, a capacidade de adaptação das empresas e dos decisores face às persistentes mudanças da sociedade é decisiva para vingar no atual mercado concorrencial e aqui ocorre-me, desde logo, a capacidade de dizer que sim à modernização, a novos modelos de gestão, a novas tendências, a novas ferramentas digitais, a novas experiências… tudo isto com o objetivo de facilitar processos e tomadas de decisão, gerir mais eficazmente recursos, aumentar a eficiência e a rentabilidade para, no final de tudo, ter negócios rentáveis e clientes satisfeitos. São agora exigidas às empresas respostas mais rápidas e acertadas, sendo que aqui é inevitável não falar de Enterprise Software, um tema bastante vasto, na medida em que engloba muita coisa (desde os típicos ERP Financeiro, Project Management & Accounting, Manufacturing, Supply Chain, Human Capital & Talent Management, CRM, DataWarehouse and Corp Reporting, etc.) e, por isso mesmo, irei somente focar os pontos que me parecem mais pertinentes. O modo ou forma de utilização (desde a sua ergonomia, a consistência de User Interface, a facilidade de interação), a disponibilidade, fiabilidade e segurança e, não menos importante, a sua interoperabilidade. Penso que cada um destes três pontos são efetivamente críticos, em especial no boom cloud a que assistimos, pois as empresas podem ter, por exemplo, as funções financeiras em SAP, o Project Management & Accounting Manufacturing em Oracle, o Customer Service com ServiceNow, o Analytics com SAS, o que representa um enorme desafio, pois os utilizadores vão ter múltiplas User Experience (UX), o que faz com que muitas empresas desenvolvam uma camada de User Interface que abstraia os utilizadores das diferenças de UI e de utilização. Na verdade, o que importa gerir são processos de negócio, como por exemplo: procure to pay, order to cash, install to Retire, search to hire, etc, sendo que as aplicações / soluções de negócio Analíticas (mais ou menos especializadas) terão de fazer parte e estar “embebidas” nos processos de negócio em vários dos seus passos. E tudo isto obriga a que as soluções de negócio tenham ou disponibilizem e recebam informação através de APIs (o mesmo em relação às soluções Analíticas, que podem ser várias). Por sua vez, toda esta coleção de aplicações vai enviar dados para o Data Warehouse (ou Data Lake), de onde, uma vez mais, as aplicações analíticas vão ter de interagir, seja para o corp. reporting, sejam as soluções especializadas, como aquelas que o SAS disponibiliza (Risco, Fraude, AML…). Por fim, e para que se enderecem os três pontos acima enumerados, há quatro aspetos fundamentais que não queria deixar de falar: o Data Quality, o Data Governance, o Data Security e o Data Lifecycle Management. Muito resumidamente, o Data Quality engloba muito mais que apenas purificação e / ou enriquecimento dos dados. É preciso garantir que a semântica é a mesma (que os dados querem dizer o mesmo), que são representados da mesma forma e que são apresentados da mesma forma para o mesmo tipo de utilizadores. O Data Governance é fundamental pois é a peça que garante, por exemplo, a equivalência de terminologia (estabelece dicionários e garante a semântica) e que os dados pessoais são tratados de acordo com as regras, o rastreamento (incluindo as transformações) desde a origem até ao consumo, a disponibilização ou não a determinado grupo de utilizadores / utilizador de certos dados. O Data Security está intimamente relacionado com o Data Governance pois, as regras de segurança estão / deveriam estar, definidas na Governação dos Dados e daí propagadas / disponibilizadas para as APIs. Há que realçar que a segurança não é somente ter ou dar acesso a certos dados, inclui também a forma como são disponibilizados, por exemplo se forem dados sensíveis, se são encriptados, pseudonomizados, anonimizados – como são armazenados, etc. E por último temos o Data Lifecycle Management, que deveria estar governado pela Governação dos Dados, sendo de referir que é esta disciplina que trata a validade dos dados, como e quando se armazenam. Em suma, perante os tempos incertos e intensos que estamos a viver, as empresas deverão ter capacidade de adaptação às constantes “renovações” da sociedade e, para tal, há que apostar e acreditar nas novas ferramentas, soluções e serviços que hoje se apresentam cada vez mais sofisticados e com uma visão global de toda a realidade das empresas. Como vimos, o enterprise software permite acompanhar a evolução do negócio através de inúmeros indicadores, tendo como base os dados e o foco o cliente.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela SAS |