As tendências que mais estão a marcar a área dos recursos humanos são tecnológicas: big data e inteligência artificial lideram a transformação
O ano de 2017 tem sido o ano dos dados pessoais, com a entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados. No entanto, mais importante que a quantidade de dados existente, é a sua análise e saber que informação extrair de toda a informação disponível. O big data é considerado o futuro dos RH. Cada vez mais as empresas têm acesso a dados dos seus colaboradores, tanto no processo de seleção como na retenção de talento. Através dos dados disponíveis, as empresas conseguem trabalhar para uma melhor experiência do colaborador. Nas tendências previstas, destaca a Seresco, empresa de software de gestão empresarial e recursos humanos, está a inteligência artificial (IA), em muito potenciada pelo big data. Os softwares utilizados nas áreas de outsourcing de serviços são cada vez mais automatizados e, graças à vasta quantidade de dados agora acessíveis e ao machine learning, a IA ganha cada vez capacidade de tomada de decisão, sempre com o apoio “humano”. Reyes Palomares, diretora da área de Recursos Humanos e Processamento Salarial da Seresco diz que "pode ser possível que, num futuro muito próximo, uma pré-seleção de candidatos seja feita por máquinas, deixando a decisão final aos responsáveis de Recursos Humanos". No LinkedIn, por exemplo, observa-se a combinação destas três tecnologias (big data, IA e machine learning) na utilização dos algoritmos, uma ferramenta que coloca os computadores a agir de forma inteligente e a trabalhar de forma autónoma. Esta combinação reflete-se quando aparece uma vaga baseada nos interesses de carreira de cada um, nos seus perfis, ou mesmo relacionada com os clicks, visualizações ou interesses, partilha Reyes Palomares. O trabalho remoto, potenciado pela cloud, continua a ser uma tendência ao nível dos RH. A Seresco aponta também o blockchain como uma das tendências mais importantes e como uma ferramenta que está reestruturar a forma de trabalhar. "No caso do processamento salarial, o blockchain apresenta-se como uma solução quase perfeita: por permitir a partilha de informação de forma completamente segura e confidencial, pode ser utilizada para gerir o pagamento de colaboradores, bem como os seus dados pessoais", realça Reyes Palomares. |