Enquanto Diretor de Sistemas de Informação e Telecomunicações, Fernando Gonçalves contribui há mais de dez anos para integrar tecnologia no negócio, sem esquecer o papel central que as pessoas assumem numa das mais relevantes empresas portuguesas.
A história do Grupo Nabeiro-Delta Cafés escreve-se há mais de 60 anos. A empresa familiar, que tem em Campo Maior a sua sede, encontra na comercialização de café o seu principal negócio. Fernando Gonçalves, Diretor de Sistemas de Informação e Telecomunicações, iniciou o seu percurso no Grupo em 2012, uma data que coincidiu com os primeiros anos de uma “profunda transformação que o Grupo Nabeiro- Delta Cafés tem vindo a realizar”, começa por referir. A qualidade do café levou à conquista da preferência dos consumidores, o que se traduziu num crescimento rápido e na necessidade de ampliar a capacidade produtiva, com a modernização das próprias infraestruturas. O objetivo da organização, explica Fernando Gonçalves, passa por uma afirmação cada vez mais acentuada nos mercados em que atua. “Esta transformação tem sido impulsionada pela diversificação e internacionalização, sempre com a inovação como motor de desenvolvimento e crescimento”, reforça. Entre as principais mudanças, “o Grupo consolidou as suas plataformas aplicacionais, reformulou a sua infraestrutura informática e adotou novos modelos de negócio, alargou de forma significativa o número de produtos comercializados e os canais onde está presente”, de forma a preparar-se para “viver num contexto em que os dados e a informação ganham um significado acrescido e em que a velocidade de transformação social e organizacional requerem resiliência e capacidade de antecipação”, sublinha o Diretor, que se mostra satisfeito em fazer parte de um percurso que traz desafios “que apelam à criatividade e ao arrojo, ao lado de pessoas inspiradoras”. A empresa olha para as pessoas como o seu maior ativo. Com cerca de 3.800 colaboradores, distribuídos pelos mais diversos departamentos, o Grupo Nabeiro-Delta procura “complementar os canais de negócio tradicionais com as mais diversas plataformas digitais” para alcançar de forma alargada todos os clientes e consumidores, sem perder o foco na “qualidade e inovação”. Uma transformação digital de dentro para foraFernando Gonçalves considera que o mercado português segue, de forma genérica, as tendências globais que exigem às organizações uma resposta sólida e articulada perante os desafios impostos. O Grupo Nabeiro-Delta Cafés não é exceção. Esta transformação tem-se traduzido numa melhor eficiência operacional para a organização, com a diminuição do atrito dos processos juntos dos diversos stakeholders; mais flexibilidade e escalabilidade da estrutura, para que possa responder a imprevistos; exploração e adoção de tecnologias exponenciais “como forma de apoiar a melhoria contínua das atividades do Grupo e potenciar a sua inovação e competitividade”, esclarece Fernando Gonçalves; e reforço da segurança da informação e dos sistemas “como pilar da preservação da informação e garantia da continuidade do negócio”. Estas mudanças refletiram-se também numa “melhoria contínua da experiência do cliente, disponibilizando-lhe o que necessita, quando, como e onde necessita e na melhoria da tomada de decisão, transformando dados em informação e informação em conhecimento”, acrescenta. O Grupo desenvolveu plataformas para permitir uma melhor interação entre os consumidores e a empresa, “oferecendo uma visão transversal e assente nos interesses e necessidades dos consumidores, proporcionando múltiplos canais através dos quais os clientes podem relacionar-se connosco”. Para esta jornada têm contribuído também soluções que passam por plataformas de CRM, e-commerce, mobilidade, planeamento da cadeia de abastecimento, análise de dados e machine learning, soluções que permitem estar “mais próximos dos clientes”. Uma jornada de sucessoNa visão de Fernando Gonçalves, os projetos tecnológicos são, primeiro que tudo, projetos organizacionais, o que leva a que as pessoas assumam um papel central neste processo. “A nossa visão para a tecnologia assenta no seu papel facilitador de criação de relações e geração de valor”, sendo, por isso, essencial “envolver os utilizadores, clientes, fornecedores e outros parceiros nos projetos de transformação, para que sejam parte integrante e interessada nos mesmos. A isto, junta-se um adequado planeamento e uma execução cuidada. Não havendo receitas perfeitas, estes três pilares garantem um primeiro nível de pré-requisitos para o sucesso”, reitera o Diretor de Sistemas. Preocupações, perspetivas e tendências de futuroA eficiência é um “grande desígnio” no trabalho do Grupo e, em particular, no departamento de Fernando Gonçalves, que procura “tornar os sistemas eficientes” para que haja uma resposta mais ágil aos crescentes desafios organizacionais e de negócio. “Outro dos grandes desafios prende-se com a cibersegurança, hoje essencial à continuidade do negócio e à prossecução dos desafios organizacionais”, defende, acrescentando a necessidade de atrair e reter talento, “sem o qual não é possível colocar em prática os desígnios” que levam o negócio mais além. A inteligência artificial, refere Fernando Gonçalves, “vai passar a fazer parte do nosso quotidiano”. “A sua utilização responsável, ética e equilibrada será um objetivo claro à medida que a maturidade dessa tecnologia nos permita, com segurança, ser ainda mais relevantes para os nossos clientes, consumidores e parceiros, mantendo a nossa identidade enquanto empresa de rosto humano”, conclui. |