Está a ocorrer uma mudança de paradigma no data center. As empresas deparam-se atualmente com clientes cada vez mais exigentes e procuram novos canais de interação que lhes permitam ser mais competitivas. “Ou as empresas investem neste novo paradigma ou, mais cedo ou mais tarde, serão ultrapassadas pela concorrência”, indica Jonas Carneiro, senior account manager da EMC Portugal.
Para o conseguirem, necessitam de modernizar as suas infraestruturas ao nível do data center, com o recurso à convergência, à hiperconvergência e ao flash, para que “se tornem mais interativas com os seus clientes e deixem de ser monolíticas”.
Modernizar, automatizar, transformar
Segundo a IDC, colocam-se, hoje, três grandes desafios às organizações que tentam modernizar-se: eficiência, agilidade e velocidade. Associado a isto surge o conceito de M.A.T. – modernização, automação e transformação.
“São as guidelines que devem reger as empresas que pretendam transformar-se. E, se não o fizerem, haverá alguém no seu mercado que dará esse passo, ultrapassando-as”, adverte o responsável da EMC.
Jonas Carneiro, senior account manager EMC
Para alcançar o M.A.T, há, segundo a EMC, cinco grandes pilares que as empresas não podem ignorar: infraestruturas convergentes; flash; cloud; scale out; e software-defined data center. Segundo Jonas Carneiro, estes suportes são essenciais para que as empresas consigam reduzir os seus custos. A EMC tem verificado que 67% dos gastos com IT são direcionados para a operação. À inovação destinam-se, somente, 33%. “As empresas estão numa encruzilhada”, realça Jonas Carneiro. “Têm de ser eficientes e ágeis, por um lado, e transformar o data center com base no MAT, por outro. Mas ficam constrangidas pelo facto da esmagadora maioria do seu orçamento ser sugado pela operação”.
Mais convergência, mais eficiência
A infraestrutura convergente permite consolidar cada uma das peças do data center (servidores, armazenamento, rede, SAN e backup) e distingue-se por ser mais flexível, mais otimizada e mais simples. Por tudo isto, e por solicitar menos recursos de assistência (FTEs), torna-se mais eficiente. “Nós sabemos que, se ajudarmos as empresas a diminuir os custos de operação, estas irão direcionar a verba para a inovação. Procuramos por isso ajudá-las a perceber como podem otimizar a operação e a gestão do IT, reduzindo custos através da adoção de novas tecnologias, entre as quais as infraestruturas convergentes, onde tudo se processa numa única plataforma”.
Software define o data center
Hoje, os data centers já não são definidos pela infraestrutura. “No passado, quanto mais robusta e fiável fosse, melhor era o data center e mais serviços era possível entregar aos clientes. Mas, cada vez mais, o que vai mandar é o software. Porque os equipamentos comportam-se mediante essas definições”. A hiperconvergência une numa plataforma os mesmos recursos de hardware da convergência, com a diferença de que são partilhados e definidos por software, através de uma interface de gestão comum. “Neste campo a EMC tem duas grandes ofertas, o VCE VXRail e o VCE VXRack”. A primeira, para mid market e SMB, é uma solução desenvolvida com a VMware, numa única caixa, com menos exigências de manutenção a nível técnico e informático e que, segundo Jonas Carneiro, se adequa a 90% das empresas em Portugal. O VXRack é mais escalável, com a possibilidade de integrar até 40 nós, funcionando com vários hipervisores e adequando-se a um software-defined data center.
Arquiteturas abertas
As vantagens da hiperconvergência são várias: poupança energética, com os níveis de suporte, com o espaço de data center e também de licenciamento. A oferta da EMC em infraestruturas convergentes diferencia-se, ainda, por não ser “vendor lock-in”, segundo o senior account manager, e esta é uma preocupação frequente entre as empresas. “É um ponto único no mercado. As nossas arquiteturas convergentes são commodity, standard no mercado, sendo abertas em termos aplicacionais. A EMC funciona com qualquer flavor de Hadoop, por exemplo”.